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Tarefa 3 da Gincana - Fichamentos

Ficha de Citações - Fichamento Nº 5

CÂNCER BUCAL – A PRÁTICA E A
REALIDADE CLÍNICA DOS CIRURGIÕESDENTISTAS DE SANTA CATARINA
Oral cancer - the real and practices the dentistry of Santa Catarina

Ana Claudia Baladelli Silva Cimardi
Ana Paula Soares Fernandes
RFO, v. 14, n. 2, p. 99-104, maio/agosto 2009

“O câncer bucal é uma doença genética, complexa e multifatorial. É potencialmente fatal e continua a ter uma incidência global elevada” (P.99)

“Estudos demonstram que a manifestação inicial da doença raramente é diagnosticada e que de 60% a 80% das lesões têm sua identificação em estágio avançado, reduzindo,assim, a sobrevida do paciente para 18%”(P.99)

“A prevenção e o diagnóstico oportuno são as medidas mais eficazes de que se dispõe para melhorar o prognóstico do câncer. O diagnóstico precoce das neoplasias malignas bucais não deveria apresentar grandes dificuldades, uma vez que os grupos de maior risco são bem conhecidos e a região é de fácil acesso ao exame clínico, dispensando qualquer tipo de equipamento especial.” (P.99)

“Cada vez mais se torna necessário o engajamento do profissional da odontologia na orientação sistemática dos pacientes sobre as formas de prevenir e detectar rapidamente sinais de câncer bucal. Entretanto, ainda hoje  ocorrem situações de desconhecimento profissional sobre as formas corretas de atuar nesses campos, o que repercute nos dados
nacionais e internacionais que revelam uma alta incidência de casos de câncer de boca diagnosticados em fases avançadas e um baixíssimo índice de medidas preventivas por parte da população.”(P.100)

“Este é um estudo transversal, caracterizado por uma abordagem quantitativa, utilizando questionário estruturado, com o qual se pesquisaram a prática e a conduta clínica dos profissionais da odontologia sobre o câncer bucal.”(P.100)

“Os critérios de inclusão para os profissionais participantes do estudo foram: ser cirurgião-dentista devidamente inscrito no CROSC; estar trabalhando no estado de Santa Catarina; ser voluntário; possuir qualquer tempo de formação; ser ou não especialista. Os critérios de exclusão foram: não ser voluntário e não ter respondido completamente ao questionário por recusa ou esquecimento.”(P.100)

“O questionário para profissionais era composto de três blocos de questões: as
questões abordavam a realização de exames pelo profissional em busca de lesões suspeitas de câncer de boca como rotina e qual era o encaminhamento dado ao encontrar lesões suspeitas de câncer de boca” (P.100)

“Com base nos questionários recebidos foi montado um banco de dados com todas as informações. Realizou-se uma análise exploratória dos dados por meio dos programas estatísticos” (P.100)
“Os dados apresentados permitem as seguintes reflexões: a aparente falta de interesse da classe odontológica pelo assunto tratado nesta pesquisa, o câncer de boca, ou, até mesmo, a falta de conhecimento dos profissionais em relação à importância da sua colaboração em trabalhos científicos que resultem no fortalecimento da odontologia, principalmente no campo de políticas públicas geradas com base em estudos transversais. Quanto aos estudos em outros países, as taxas de resposta ficaram entre 50 e 55%” (p.101)

“Em relação à realização de exame para identificação de câncer bucal, 72,73% dos entrevistados responderam que o realizam e 27,27%, que não (Tab. 2), semelhante ao encontrado por outros autores. Esse fato revela uma grande discordância, uma vez que nos hospitais de referência para tratamento do câncer bucal o fluxo de pacientes em estádio inicial não é confirmado, principalmente quando se verificam a literatura e os registros hospitalares” (P.101)

“O fato que mais chama atenção no quesito “realização do exame bucal” é a falta de responsabilidade do profissional, que alega não julgar necessária a inspeção da cavidade bucal em busca de uma lesão suspeita, ou, mesmo, relata que não o sabe fazer (somam nestes dois itens 66,66% dos profissionais que responderam não realizar o exame), apesar de ser um exame ensinado na maioria dos cursos de graduação em odontologia já em suas primeiras fases de estudo clínico” (P.102)

“Outra informação importante é que o encaminhamento para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) foi citado por somente 11,7%, apesar de estas unidades já se fazerem presentes em todas as regiões do estado, como parte de uma política de governo implantada em 2004” (P.102)

“A prática dos cirurgiões-dentistas em realizar o exame em busca de lesões suspeitas de câncer bucal foi relatada pela maioria da amostra (72%), mas, quando comparado este resultado com a experiência profissional, verifica-se que 47,5% dos profissionais relataram nunca terem realizado um diagnóstico de câncer bucal” (P.102)

“A realidade está distante da prática do profissional da odontologia, e os dados permitem concluir que se faz necessária a divulgação dos serviços de diagnóstico do câncer bucal para os profissionais de Santa Catarina.” (P.103)

Fonte: http://files.bvs.br/upload/S/1413-4012/2009/v14n2/a99-104.pdf

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